Deputados Eduardo Teixeira e José Manuel Carpinteira contrariam intenção de voto dos partidos a que pertencem
O parlamento rejeitou esta quinta-feira as resoluções de BE e PCP que pedem a remunicipalização dos serviços prestados pelas Águas do Minho, com o voto contra do PS e Chega, abstenção do PSD, do CDS-PP, do PAN, e da IL.
No entanto, estas votações geraram uma ‘quebra’ da disciplina de voto por parte do deputado do PSD e candidato do partido à Câmara de Viana do Castelo, Eduardo Teixeira, que votou a favor (autorizada pela direção da bancada, segundo o próprio), tal como o deputado socialista eleito pelo mesmo círculo José Manuel Carpinteira, candidato do PS a Valença.
As deputadas socialistas Anabela Rodrigues e Sílvia Torres, igualmente eleitas por Viana, também não seguiram o voto contra da bancada e abstiveram-se.
“Os sete municípios lesados devem contar com o apoio do Governo para a remunicipalização dos seus serviços de águas. A remunicipalização dos serviços deve ser capaz de defender o interesse público, aplicando tarifas justas e acessíveis e os investimentos necessários para a renovação e ampliação das redes de água e saneamento nos municípios da região”, argumentava a resolução do BE.
A AdAM, que gere as redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento, começou a operar em janeiro de 2020, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.
A empresa é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.