O plano de desconfinamento foi apresentado pelo primeiro-ministro e o estado de calamidade aprovado pelo Conselho de Ministros, que entrará em vigor após o término do estado de emergência (ao início da madrugada de domingo).
A partir de 4 de Maio, segunda-feira, o país irá abrir algumas portas, contudo com cautela. Além do comércio local (com lojas com menos de 200 metros quadrados), o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um conjunto de medidas de reabertura da economia, mas também de cuidados redobrados. Por exemplo, a utilização de transportes públicos não deve ultrapassar uma lotação de dois terços e estará agora sujeita ao uso obrigatório de máscara (até agora era apenas recomendado). O teletrabalho, continuará obrigatório até ao final de Maio e só em Junho haverá luz verde para estudar um regresso aos locais de trabalho daqueles que podem desempenhar as suas funções à distância. Na lista de proibições estão também os ajuntamentos de mais de dez pessoas.
Para este fim-de-semana (de feriado do dia do trabalhador) mantêm-se as restrições que já tinham sido anunciadas: a partir das 0h desta sexta-feira e até às 23h59 de domingo, a circulação dos cidadãos para fora do concelho de residência habitual estará limitada. As excepções estão guardadas apenas para motivos de saúde ou por outros motivos de urgência imperiosa.
Após a entrada na nova fase de combate à pandemia, António Costa deixou claro que não hesitará em dar passos atrás se assim for necessário, salientando que baixar agora a guarda poderá significar perder todos os esforços feitos durante os últimos dois meses.
O primeiro-ministro reconheceu a rigidez das restrições aos funerais, que deverão ser aliviadas (mas as celebrações apenas serão abertas a familiares). Neste sentido, e já a partir de segunda-feira, haverá ainda o levantamento das restrições em vigor em relação às celebrações religiosas. Mas para que possam abrir portas, os locais de culto como as igrejas e mesquitas devem garantir o cumprimento de todas as normas de segurança.